Secretaria de Assistência Social faz mapeamento de moradores de rua em Jacareí

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O mapeamento foi desenvolvido a partir de abordagens realizadas durante 14 dias

A Secretaria de Assistência Social, em reunião realizada nesta quinta-feira (4), apresentou o mapeamento da população em situação de rua em Jacareí.

O evento reuniu cerca de 30 pessoas, entre elas a secretária de Assistência Social, Patrícia Juliani, a secretária de Educação, Maria Thereza Ferreira Cyrino, a presidente da Fundação Pró-Lar, Fátima Rangel e representantes das secretarias de Esportes e Desenvolvimento Econômico, além de assistentes sociais.

O mapeamento foi realizado durante 14 dias, totalizando 130 horas, nos períodos diurnos e noturnos, dos dias 27 de março a 9 de abril.

A equipe, formada por agentes, psicólogos, assistentes sociais e motoristas, abordou cerca de 141 pessoas, totalizando 397 atendimentos. Entre os locais com maior incidência de moradores de rua, o Largo do Riachuelo e a Avenida Pensilvânia totalizam a maioria das abordagens e são considerados pontos de vulnerabilidade do município.

Das pessoas abordadas, 54% são munícipes moradores de rua, 22% tem residência fixa, mas trabalham de forma informal na rua (olhando carros, mendicância ou artistas de rua) ou fazem uso de substâncias ilícitas e 23% são migrantes, sendo que deste total 95% são homens e de faixa etária entre 18 e 60 anos. Quanto a escolaridade, 35% dos abordados tem ensino fundamental incompleto.

A pesquisa apontou que entre os principais motivos para estar na rua estão dependência química (álcool ou drogas ilícitas) e problemas familiares.

Nos últimos seis meses, 37% das pessoas abordadas foram atendidas pela Casa de Passagem, 30% pelo Centro Pop, 21% pela Saúde, 4% pelo CREAS, 3% pelo CRAS e 3% pela Segurança Pública.

A assistente social Angela Santana, responsável pelo Centro Pop, explica: “A partir destes perfis estabelecemos quais os eixos que abordaremos. Temos que avançar dentro da moradia, capacitação profissional, fortalecimento de vínculos familiares e tratar de forma diferenciada a dependência química”.

A secretária de Assistência Social, Patrícia Juliani, explica que o momento é de planejar e trabalhar em conjunto com as outras secretarias. “A gente quer acertar. Precisamos planejar para poder ser eficaz. Todas essas sinalizações serão feitas a partir deste olhar, quantificando e nos dando a possibilidade de visualizar o todo com precisão para pensarmos em como trabalhar agora. Inclusive, para que possamos nos unir com outras secretarias e agregar olhares”, finaliza a secretária.

(Victor Copola/PMJ)