‘Operação Inverno’ aborda mais de 170 pessoas no mês de julho

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Nos meses de junho e julho, os mais frios do ano, a Secretaria de Assistência Social promoveu a ‘Operação Inverno’, uma iniciativa que estende o horário da equipe de abordagem visando aumentar a adesão de moradores de rua aos serviços ofertados.

De 19 de junho a 31 de julho, a equipe de abordagem trabalhou em horário estendido. Além das 8h às 17h, horário já realizado durante todo o ano, a equipe, que contava com um motorista e dois trabalhadores sociais, percorreu a cidade ofertando aos moradores em situação de rua os serviços sociais e de saúde das 18h às 22h.

Dos 177 moradores de rua abordados, 117 aderiram, representando uma efetividade de mais de 60%. Entre os principais locais visitados, a praça do Riachuelo, Avareí, rodoviária, Fundação Cultural e Santa Casa tiveram a maior incidência de moradores de rua.

Segundo a secretária de Assistência Social, Patricia Juliani, o sucesso da operação é fruto do envolvimento da equipe. “O olhar atento da nossa equipe de abordagem foi o fator decisivo em relação ao sucesso da operação. Quando o poder público se prepara de forma embasada, como fizemos nesta ocasião por meio do mapeamento, a possibilidade de acertar é ainda maior”, comentou.

Ainda segundo ela, além do mapeamento de moradores de rua, a secretaria ainda investiu em materiais novos para atendê-los de forma mais efetiva.

Mapeamento: Durante 14 dias no mês de abril, a equipe de abordagem da secretaria realizou um mapeamento com toda a população em situação de rua em Jacareí. A equipe, formada por agentes, psicólogos, assistentes sociais e motoristas, abordou cerca de 141 pessoas, totalizando 397 atendimentos. Entre os locais com maior incidência de moradores de rua, o Largo do Riachuelo e a Avenida Pensilvânia totalizam a maioria das abordagens e são considerados pontos de vulnerabilidade do município.

Das pessoas abordadas, 54% são munícipes moradores de rua, 22% tem residência fixa, mas trabalham de forma informal na rua (olhando carros, mendicância ou artistas de rua) ou fazem uso de substâncias ilícitas e 23% são migrantes, sendo que deste total 95% são homens e de faixa etária entre 18 e 60 anos. Quanto a escolaridade, 35% dos abordados tem ensino fundamental incompleto.

(Victor Copola/PMJ – Fotos: Alex Brito/PMJ)