O Museu de Antropologia do Vale do Paraíba completa 45 anos neste mês. O aniversário ocorre em meio à reforma do telhado do casarão histórico, onde o museu funciona desde 1980. A intervenção foi necessária para proteger o edifício e garantir melhores condições de preservação ao acervo antropológico que reúne peças fundamentais da memória regional.
O presidente da Fundação Cultural de Jacarehy, Felipe Auricchio, afirma que o momento é decisivo para a instituição. “A obra assegura a integridade do prédio e reforça o compromisso com a preservação da nossa história. O MAV cumpre papel essencial na identidade do município, e investir em sua estrutura é garantir que futuras gerações tenham acesso a esse patrimônio”, disse.
Criado para apresentar a trajetória do valeparaibano sob perspectiva antropológica, o MAV se tornou referência ao valorizar o cotidiano e as vivências das populações locais. Ao longo de sua história, consolidou avanços em gestão, plano museológico e adequação aos sistemas estaduais e federais de museus.
Enquanto o prédio passa por obras, o museu mantém programação cultural em outros espaços da cidade. Exposições estão instaladas na Casa da Cultura, no Arquivo Público e na Estação Cultural, garantindo atividades abertas ao público durante o período de fechamento. O acervo do MAV permanece preservado e não integra essas mostras.
A diretora de Patrimônio, Selma Fernandes, destaca o simbolismo da data. “O MAV é muito mais do que um museu, ele é guardião das memórias e está sediado em um casarão que vislumbrou a transformação urbana. Comemorar sua trajetória e o início de sua revitalização, é garantir e respeitar nosso passado com o olhar voltado para o futuro.”
A reabertura do prédio está prevista para após a conclusão da reforma, quando serão retomadas as visitas, ações educativas e exposições no espaço original.