Coletivos e Movimentos Sociais prosseguem com Programação em Comemoração aos 110 Anos da Biblioteca Municipal

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Fundada em 8 de setembro de 1908, a Biblioteca Municipal “Macedo Soares” está comemorando 110 anos de sua fundação este ano. Considerada uma das Bibliotecas Públicas mais antigas do Estado de São Paulo, está com uma programação extensa de eventos durante todo esse mês, com homenagens especiais para marcar a data.

Entre os dias 24 e 28 de setembro, as atividades têm como tema “Semana BDT: Batalha dos Trilhos – 110 anos da Biblioteca Municipal Macedo Soares”. Os encontros acontecerão sempre a partir das 19h na própria Biblioteca (Av. Nove de Julho, 215). Para participar não é preciso inscrição antecipada.

A meta fundamental da ação é firmar a Biblioteca Municipal como espaço de diálogo e compartilhamento de ideias, através da realização de exposição de fotos, rodas de conversa e saraus sobre as questões tratadas por esses grupos de jovens. A ocasião permitirá também, a exposição e divulgação dos trabalhos artísticos e literários que são realizados por eles.

O bibliotecário Luís Cláudio Borges, responsável pelo desenvolvimento das ações do Programa Conecta Biblioteca na cidade, explica que esses coletivos se aproximaram da biblioteca a partir das reuniões do Comitê Jovem Jacareí Cidade Leitora. “Trata-se de um grupo que frequentemente têm se reunido na Instituição para pensar de que maneira pode atender aos interesses dos jovens da cidade”, destaca.

Para a secretária de Educação Maria Thereza Ferreira Cyrino, as atividades estão diretamente relacionadas com os objetivos do Programa Jacareí Cidade Leitora, “uma vez que as Bibliotecas Públicas são muitos mais que livros. Elas são, sobretudo, espaços de convivência”.

A responsável pela pasta destaca ainda que, aproximar a população das Bibliotecas é o ponto central do programa, especialmente os jovens. “Mais do que comemorar os 110 anos da biblioteca, as atividades permitirão que ela comece a cumprir o seu papel como instituição de transformação social indispensável dentro do município. Esses jovens estão nos dando um recado claro: eles querem fazer parte da Biblioteca Municipal nos seus próximos 110 anos” completa.

Programação – Confira a programação completa:

Dia 24 de Setembro – Segunda-Feira

Abertura

Exposição coletiva fotográfica “Quem Manda Aqui”

Exposição – Acervo de arte urbana e Hip Hop (livros, revistas, jornais, cartazes, Fita de VHS, CDs, DVDS)

Exposição – Trilhando Narrativas – Parte de uma série de desenhos de observação desenvolvidos por Breno Cobra no contexto da “Batalha dos Trilhos”

Dia 25 de Setembro – Terça-Feira

Roda de Conversa – Hip Hop é cultura, Arte e atitude.

Facilitador – Betinho Zulu

Hip Hop é uma cultura de rua, uma forma de arte e de atitude que conquistou o mundo. É um estilo de vida, de se afirmar como sujeito social, de demarcar um território, valorizar uma identidade cultural e ocupar espaços públicos. O movimento que faz arte como forma de protesto social, mistura o novo e antigo, o popular e o erudito, a poesia e a paródia, e inventou o Rap (Rithm and Poetry).

Dia 26 de Setembro – Quarta-Feira

“Hip Hop Vive”

Encontros dos elementos da cultura Hip Hop (Breaking, Graffiti, Mcs, Djs e o conhecimento)

Dia 27 de Setembro – Quinta-Feira

Slam da Biblio

O que é Slam? É o esporte da poesia falada

Basicamente, slams ou poetry slams são encontros de poesia falada (spoken word) e performática, geralmente em forma de competição, onde um júri popular, escolhido espontaneamente entre o público, dá nota aos slammers (os poetas), levando em consideração principalmente dois critérios: a poesia e o desempenho

Dia 28 de Setembro – Sexta

Batalha dos Trilhos – Edição 102 – Batalha do conhecimento.

Batalha do Conhecimento visa valorizar o conteúdo das rimas em batalhas de Mcs. Ao invés de ficar com troca de farpas e ridicularizações, atacando ao rival, no que são conhecidas como “batalhas de sangue”, a Batalha do Conhecimento, propõe enfatizar rimas sobre novos conceitos, educação, cultura, política. Os temas para a batalha são escolhidos na hora pelo público presente. Ao invés de só rimar, o Mc precisa ensinar, divulgar algum conteúdo, contar o que sabe sobre o tema.

(Marta Fernandes/PMJ – Foto: Alex Brito/PMJ)